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quinta-feira, 20 de junho de 2013

ROMEU E JULIETA

A história tem como cenário a cidade de Verona. Duas famílias poderosas são inimigas mortais: a família Montecchio e a família Capuleto. Vivem em constantes conflitos, os quais perturbam a ordem e a paz da cidade. Tais acontecimentos provocam a ira do Príncipe que determina severa punição aos envolvidos nos conflitos: caso as brigas e provocações não cessassem, seriam punidos com a morte. Romeu, um jovem Montecchio passional e destemido, sofre de amor por Rosalina. Tem como melhores amigos e companheiros Benvólio e Mercúcio. É convidado por estes, no intuito de fazê-lo esquecer Rosalina, a ir ao baile de máscaras dos Capuleto. Romeu encanta-se por uma jovem e bela moça, que descobre ser Julieta Capuleto, que corresponde ao encantamento. Mais tarde, Julieta vai para a varanda e conta às estrelas que tem um amor proibido.Romeu, escondido nuns arbustos por baixo da varanda, ouve as confissões de Julieta e não resiste, decide revelar sua presença e após trocarem juras de amor, marcam o casamento para o dia seguinte. Romeu vai à cela de Frei Lourenço e convence-o a realizar a cerimônia secreta.

   Com a ajuda da Ama de Julieta, a cerimônia é realizada. Após a cerimônia, Romeupresencia um duelo entre seus amigos e Teobaldo, um Capuleto, primo de Julieta. Mesmo desafiado Romeu nega-se a lutar, mas Teobaldo mata Mercúcio e Romeu, tomado pela cólera, mata Teobaldo. O Príncipe abranda a punição e permite que Romeu viva, mas resolve bani-lo da cidade para sempre. Romeu refugia-se na cela do Frei Lourenço. Julieta, prometida ao Conde Páris, recebe a notícia dos acontecimentos e mantém-se apaixonada por seu marido. Manda a Ama procurá-lo e entregar-lhe um anel como prova de seus sentimentos. Pede que Romeu vá ao seu quarto durante a noite. Romeu Julieta passam a noite juntos. A Ama, apesar de ajudá-los tenta convencer Julieta de que Romeu não serve para ela. Julieta zanga-se com a Ama. Romeu parte para Mântua logo pela manhã, após o canto da Cotovia, que simboliza o amanhecer. Enquanto isso, os pais de Julieta resolvem casá-la com o Conde Páris. Desesperada Julieta pede ajuda ao Frei que a aconselha a aceitar o casamento para despistar seus pais. Dá a ela um frasco de elixir para simular sua morte e montam um plano: Julieta deveria tomar o conteúdo do frasco, sua família acreditaria em sua morte, o casamento com o Conde não se realizaria e o Frei, através de uma carta explicativa, mandaria Romeu voltar para que ficassem juntos. Porém a carta se extravia e Romeu recebe a notícia da morte da amada. Desfeito de dor Romeu compra um veneno e desesperado decide morrer também. Volta à cidade e defronta-se com o Conde no mausoléu onde está Julieta, é forçado a lutar com ele, Travam duelo e Romeuassassina-o. Toma o veneno diante do corpo de Julieta e morre abraçado a ela. Frei Lourenço chega para tentar impedi-lo, mas é tarde, foge para não ser desmascarado e punido, porém antes acorda Julieta e conta a ela o que se passou, que horrorizada decide ficar junto de seu grande amor. Julieta beija Romeu para tentar absorver o veneno de seus lábios e morrer também, mas sua tentativa é frustrada. Apanha a adaga de Romeu e apunhala-se, morrendo junto de seu marido. A tragédia tem um grande impacto em ambas as famílias (os Montagues e os Capulet). As duas famílias estão tão magoadas com a morte dos seus dois únicos descendentes, que perdoam-se mutuamente e juram manter a paz em nome do amor de seus filhos (Romeu e Julieta).

APÓS A LEITURA, COMENTE: O que você acha dessa história? Você acredita em amor como o de Romeu e Julieta?

Olá alunos do 2º ano "B". Nesta etapa, vocês irão postar textos e também interagir com a professora e os colegas sobre o caráter (personalidade) de personagens mitológicos citados nos textos trabalhados. Valos lá pessoal!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Texto: MINERVA E ARACNE


MINERVA E ARACNE 
Aracne era uma bela moça, filha de um tintureiro de lã, na cidade de Colonon. Sendo filha de quem era, desde cedo acostumara-se a bordar e tecer, revelando um talento inato para essa arte. À medida que Aracne foi tornando-se adulta, sua arte também mais e mais se aperfeiçoava, de tal sorte que logo seus trabalhos eram disputados por todas as mulheres da cidade. Senhoras de outras localidades também acorriam, sem se importar com a distância, desde que pudessem levar para casa algum trabalho saído das mãos da extraordinária artesã. — Bordado é o da Aracne, o resto é bobagem — diziam as moças, que saíam da casa da talentosa jovem com suas peças estendidas, admirando à luz do sol o tom diversamente colorido dos bordados e das tramas. De tal forma a fama de Aracne cresceu, que mesmo as ninfas dos rios e lagos próximos deixavam as águas para admirar os trabalhos de Aracne. Um dia, Diana, que ficara sabendo do assunto pelas ninfas, levou-o ao conhecimento de Minerva. — Minerva, acho que finalmente você encontrou uma rival à altura — disse Diana, com um tom de ironia. Ora, deuses e deusas não suportam que lhes falem nesse tom, ainda mais quando um de seus atributos é posto em dúvida. A deusa, considerada a protetora das obreiras e dos artesãos, não admitia que uma reles mortal pudesse sequer emparelhar com as suas obras, respeitadas em todo o Olimpo. — Quem é mesmo essa fulana? — disse Minerva, com a voz repassada de inveja. — Aracne é o seu nome — disse Diana, que sob o pretexto de fazer um favor saboreava, na verdade, o despeito da outra. No mesmo dia Minerva decidiu apresentar-se diante da rival e ver se realmente ela era tudo aquilo que afirmavam. Metamorfoseando-se numa velha, a deusa rumou para o país onde vivia Aracne. Quando lá chegou, encontrou a artesã sentada à beira de um regato, cercada por um exército de ninfas, que deitadas sobre a relva admiravam o seu magnífico trabalho. — Bom-dia, minha jovem! — disse, aproximando-se. — Bom-dia, minha senhora — disse Aracne, sem desviar os olhos de seu imenso bordado. "Ela é boa artesã, mesmo, a desgraçada!", pensou a velhota e disse: — Que belo trabalho está fazendo! — exclamou Minerva, apoiada a seu bordão, cujo elogio fingido escondia uma secreta admiração. — É o que todos dizem — falou Aracne, com um ar de presunção que irritou Minerva. — Mas convém agradecer sempre a Minerva este dom recebido — disse a velha. — Ora, e que méritos eu teria se devo exclusivamente a ela meu talento? -disse Aracne. — Ela que cuide de seus bordados que eu cuido dos meus. Um sussurro de espanto correu por entre as ninfas. — Oh, não diga isto! — disse a velha, escandalizada. — Não percebe que é uma ingratidão sem tamanho? — Vovó, por favor, me deixe trabalhar em paz — disse a jovem, pondo um fim na conversa. — É esta, então, a idéia que tem de mim, atrevida? — disse Minerva, desfazendo-se do disfarce e surgindo em todo o seu esplendor diante da tecelã e das ninfas, que recuaram, entre assustadas e reverentes. Aracne, contudo, não demonstrou grande impressão e prosseguiu a bordar como se nada houvesse acontecido. — Olhe para mim, sua mal-agradecida! — bradou Minerva. — Estou trabalhando, não está vendo? — disse Aracne, com maus modos. — Proponho, então, um desafio! — disse Minerva, certa de que a vitória seria sua. — Diga lá! — respondeu a moça, que não queria outra coisa senão medir-se com a própria deusa dos trabalhos manuais. — Vamos, ninfas ociosas, tragam toda lã que puderem encontrar e a depositem aqui, em partes iguais, a nossos pés — ordenou Minerva. As duas mostravam-se extremamente arrogantes. Não se podia saber qual seria a vencedora daquele empolgante confronto. Ao sinal da deusa, as duas começaram a trabalhar. Os dedos ágeis desfiavam a lã e a colocavam rapidamente sob os pentes do tear que tinham à frente. Os fios deslizavam, esticados ao máximo, parecendo as cordas afinadas de um piano. Nem bem saíam da máquina e dedos os capturavam, comprimindo-os sob as agulhas douradas. Cada qual tinha aos joelhos uma grande tela, na qual deveriam bordar um grande tapete figurativo. Minerva escolhera fazer o retrato de uma disputa que tivera com Netuno, enquanto Aracne bordava magistralmente a cena do rapto de Europa por Júpiter. Aos poucos as figuras ganhavam forma nas armações quadradas que cada qual tinha diante de si. Os fios de diversas cores passavam pelos dedos das mulheres como os fios que tecem o arco-íris, misturando-se numa mesma maçaroca. mas saindo separados e uniformes sobre a tela. — Veja, a tela de Minerva está mais bela — dizia uma ninfa, observando o trabalho da deusa, que começava a ganhar forma diante dos olhos de todas. De fato, o mar, os peixes, o deus Netuno com seu tridente, tudo parecia adquirir vida própria, enquanto os dedos finos da deusa tramavam agilmente as linhas de diversas cores. — Não, o de Aracne é mais belo — disse outra ninfa, abaixando o tom de voz para não ofender a deusa. O tapete de Aracne, com efeito, não ficava a dever nada ao da sua rival em matéria de cor, beleza e vivacidade. Todas podiam ver aos poucos o alvo touro que raptara Europa ganhar forma sob as costuras. O alvo fio ia desenhando o contorno da bela jovem com tal perfeição que ela parecia estar viva e prestes a sair do tapete: seus pés erguiam-se a poucos centímetros da água de um anil perfeito, por sobre a qual era levada pelo animal. A medida que as duas finalizavam o trabalho, a ansiedade e a expectativa das ninfas tornavam-se quase insuportáveis. De repente, Minerva pôs-se em pé, com um grito de triunfo: — Pronto, amadora, apresente também o seu trabalho! Aracne, dando o último nó em seu bordado, ergueu-o desafiadoramente. — Que as ninfas julguem com imparcialidade! — disse, encarando a rival. Minerva, arrebatando o tapete das mãos de Aracne, comeu-o com os olhos. Enquanto o estudava, procurava com ele ocultar o próprio rosto, a fim de que as demais não vissem a admiração estampada na sua face. "Maldita! Seu trabalho tenho de reconhecer, é levemente superior ao meu!", pensou a deusa. Temendo, porém, que as julgadoras chegassem à mesma conclusão, Minerva perdeu a cabeça e fez em pedaços o belo tapete, mostrando que não admitiria sofrer uma humilhação. — Oh, como você é cruel e injusta! — disse Aracne, tomada pela ira. Em seguida, rasgou também o trabalho da rival, sapateando em cima. — Veja o que restou de seu horrível bordado — disse, arreganhando os dentes para a deusa. Isto foi demais para a paciência de Minerva, que não podia admitir tamanha afronta de uma reles mortal. Erguendo sua mão sobre a cabeça de Aracne, rogou-lhe uma praga terrível. A moça, que ainda estava sob o efeito da cólera, não sentiu a princípio que seu corpo encolhia até transformar-se numa bola negra. Depois, de seus flancos saíram várias pernas cabeludas, o que encheu de horror as ninfas, que se lançaram à água, temerosas de que a deusa resolvesse puni-las também. Tomando em suas mãos a asquerosa criatura, Minerva pendurou-a em um galho. — Veja, aí está o prêmio da sua arrogância! — disse a deusa, com uma risada de escárnio. Já ia dando as costas para se retirar, quando percebeu um ruído vindo da árvore. Voltou-se e viu que a criatura negra movimentava suas pernas com extraordinária agilidade, costurando um manto com uma seda extremamente fina que retirava de seu dorso abaulado. Aos poucos Minerva viu surgir diante de seus olhos um magnífico bordado circular, que excedia a tudo que ela antes já fizera, como se Aracne, mesmo sob aquela odiosa forma, tivesse se tornado ainda mais talentosa com seus diversos braços. Minerva, reconhecendo-se finalmente derrotada, partiu correndo do maldito bosque.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Nascimento e glória de Saturno Numa era muito antiga — tão antiga que antes dela só havia o caos — o mundo era governado pelo Céu, filho da Terra. Um dia, este, unindo-se à própria mãe, gerou uma raça de seres prodigiosos, chamados Titãs. Ocorre que o Céu — deus poderoso e nem um pouco clemente — irritou-se, certa feita, com as afrontas que imaginava receber de seus filhos. Por isto, decidiu encerrá-los nas profundezas do ventre da própria esposa, à medida que eles iam nascendo. — Aí ficarão para sempre, no ventre da Terra, para que nunca mais ousem desafiar a minha autoridade! — exclamou, colericamente, o deus soberano. A Terra, subjugada, teve de segurar em suas entranhas, durante muitas eras, aquelas turbulentas criaturas e suportar, ao mesmo tempo, o assédio insaciável e ininterrupto do marido. Um dia, porém, farta de tanta tirania, decidiu a mãe do mundo que um de seus filhos deveria libertá-la deste tormento. Para tanto escolheu Saturno, o mais jovem de seus rebentos. — Saturno, meu filho — disse a Terra, lavada em pranto -, somente você poderá libertar-me da tirania de seu pai e conquistar para si o mando supremo do Universo! O jovem e ambicioso Titã sentiu um frêmito percorrer suas entranhas. — Diga, minha mãe, o que devo fazer para livrá-la de tamanha dor! — disse Saturno, disposto a tudo para chegar logo à segunda parte do plano. A Terra, erguendo uma enorme foice de diamante, entregou-a ao filho. "Tome e use-a da melhor maneira que puder!", disseram seus olhos, onde errava um misto de vergonha e esperança. Saturno apanhou a foice e não hesitou um instante: dirigiu-se logo para o local onde seu velho pai descansava. Ao chegar no azulado palácio erguido nos céus, encontrou-o ressonando sobre um grande leito acolchoado de nuvens. — Dorme, o tirano... — sussurrou baixinho. Saturno, depois de examinar por algum tempo o rosto do impiedoso deus, empunhou a foice e pensou consigo mesmo: "Realmente... demasiado soturno." E fez descer o terrível gume, logo abaixo da cintura do pobre Céu. Um grito terrível, como jamais se ouvira em todo o Universo, ecoou na abóbada celestial, despertando toda a criação. — Quem ousou levantar mão ímpia contra o soberano do mundo? — gritou o Céu, com as mãos postas sobre a ensangüentada virilha. — Isto é pelos tormentos que infligiu à minha mãe, bem como a mim e a meus irmãos — respondeu Saturno, ainda a brandir a foice manchada de sangue. Os testículos do Céu, arrancados pelo golpe certeiro da foice, voaram longe e foram cair no oceano, com um baque tremendo. Em seguida, o deus ferido caiu, exangue, sobre seu leito acolchoado, sem poder dizer mais nada. As nuvens que lhe serviam de leito tingiram-se de um vermelho tal que durante o dia inteiro houve como que um infinito e escarlate crepúsculo. Saturno, eufórico, foi logo contar a proeza à sua mãe. — Isto é que é filho — disse a Terra, abraçada ao jovem parricida. Imediatamente foram soltos todos os outros Titãs, irmãos de aturno. Este, por sua vez, recebeu a sua recompensa: era agora o senhor inconteste de todo o Universo. Quando a noite caiu, entretanto, escutou-se uma voz espectral descer da grande cúpula côncava dos céus: — Ai de você, rebento infame, que manchou a mão no sangue do seu próprio pai! Do mesmo modo que usurpou o mando supremo, irá também um dia perdê-lo... Saturno assustou-se a princípio, mas em seguida ordenou a seus pares que recomeçassem os festejos. — Ora, ameaçazinhas... Deus morto, deus posto! — exclamou, com um riso talhado no rosto. Mas aquela profecia, irritante como um mosquito, ficara ecoando na sua mente, até que Saturno, por fim, reconheceu-se também meio soturno: — Será que uma vitória, neste mundo, não pode ser nunca completa? __________________________ REFERÊNCIAS Franchini, A. S. As 100 melhores histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros e guerras da tradição greco-romana/ A. S. Franchini /e/ Carmen Seganfredo. — 9 ed. — Porto Alegre : L&PM, 2007. 464 p. ; 23 cm